MSA-MODELISME

UN PEU DE MODÉLISME FERROVIAIRE
UM POUCO DE MODELISMO FERROVIÁRIO

UN PEU DE MODÉLISME FERROVIAIRE
UM POUCO DE MODELISMO FERROVIÁRIO

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Envelhecimento = Pátina = Weathering
Vieillissement = Patine = Weathering
As experiências / Les expériences
de Michel Subrenat-Auger et David Nobre

 
Técnica muito simples - para fazer o envelhecimento dos vagões, locomotivas… e mesmo para os elementos arquiteturais:

1 -
Ocultar as partes sensíveis: rodas, vidros,… aplicar sobre a totalidade do modelo, a aerógrafo, uma camada de verniz mate Vallejo 26.518 (preferível a qualquer outro verniz) deixar secar 24:00
Retirar as protecções.

2 -
Os efeitos de envelhecimento são aplicados a pincel ou a aerógrafo, em sumos muito diluídos com tonalidades transparentes acrílicas “Wash Lavado Vallejo” atenuadas (diminuição da densidade da cor) com o diluente/thinner (VA71061), ou diluídas (torna mais fluido) com o diluente/thinner (VAL71161). Os dois thinners podem ser misturados para ter efeitos muito delicados, mas é necessário fazer alguns ensaios antes); ou então, simplesmente com a água, em função da densidade desejada, mas o resultado é menos resistente dado que a resina da tonalidade é degradada pela água.

É sempre preferível proceder por toques ligeiros em 2 ou 3 passagens sobrepostas (após secagem).
Muito melhor que só uma camada espessa!
Após secagem, os detalhes finos, em zonas côncavas ou de relevo, são acentuados a pincel fino, utilizando tonalidades mais escuras.
Um "dry-brush” (esfregaço) de tinta transparente de branco, muito ligeiro (pincel muito seco), realça os relevos. Uma tonalidade escura acentua as sombras.

3-
O envelhecimento é aprimorado aplicando “uma maquilhagem” ligeira com ajuda de pigmentos em pó (Terras para decoração), nas tonalidades correspondentes.

Um trabalho de paciência e minúcia, sempre acompanhado de observação detalhada do real e, quando possível, de um bom suporte fotográfico.

Em complemento da descrição que o Michel acaba de fazer sobre a sua técnica de envelhecimento dos modelos e agradecendo o desafio que me fez de partilhar também as minhas experiências, eu acrescentaria que a observação da realidade é fundamental para um resultado bem sucedido.

Conseguir discernir as subtilezas cromáticas do motivo (seja uma locomotiva, um vagão, um edifício ou até uma árvore), provocadas pela incidência da luz e pelas as sombras da sua forma singular, compreender os efeitos da sua exposição ao uso ou à intempérie, conhecer os pontos singulares onde se acumula este ou aquele tipo de sujidade, por exemplo.

E respeitar as leis da natureza: aplicar traços horizontais, ou entrecruzados na reprodução de efeitos de escorrimento ou da acção da intempérie, convida o observador a desafiar a lei da gravidade!

O domínio das técnicas de aplicação do "weathering" e dos materiais a utilizar - tintas, terras, vernizes, cargas, pincéis, aerógrafo, espátulas, lixas e limas, ponteira de fibra de vidro, etc., etc. - vem com a persistência e com uma crítica constante sobre os resultados obtidos em cada trabalho.

Com a facilidade actual que a fotografia digital e os meios informáticos nos oferecem, fotografar o modelo ao longo das várias fazes de aplicação da pátina, é uma boa técnica para verificar se o resultado está a ficar convincente. É mais fácil ao olho identificar as incoerências através de uma foto.
Céréalier RN (SudExpress)
Lindner (Norbrass)
CP 1303 (Norbrass) #1
CP 1303 (Norbrass) #2
à poeira, ferrugem ou terra ambiente. O Preto, o cinzento muito escuro e o cinzento escuro são reservados para as sujidades e os efeitos de fuligem.
Estes pigmentos penetram nos micro-poros do verniz patinado e são por conseguinte muito resistentes.

Pode-se deixar tal qual ou proteger com um véu de fixador de pigmento, ou verniz mate
(Vallejo VAL 26233 - Pigment Binder).

FUNDAMENTAL!
Mais do que todas as explicações, os ensaios e as experimentações com este método e as suas declinações permitirão atingir os resultados desejados.

Alguns pigmentos:
Light siena, Natural siena, Burnt siena, Dark red Ocre, Brown Iron Oxid, Sombra Natural, Burnt Omber, Light & Dark Slate Grey, Natural Iron Oxido, Carbon Black.
Podem ser misturados.

Quase todas as referências existem na loja Comboios Eléctricos.
Novos produtos aparecem a cada dia, pelo há todo o interesse a informar-se junto do seu fornecedor em modelismo.

Por exemplo Vallejo :
• VA73301
Black Wash 200 - 200ml
Formula especial para "dipping"
Tinta diluída utilizada nos modelos para criar um efeito de envelhecimento geral, quebrar monotonia cromática, realçar detalhes nos modelos, criando sombras e zonas de acumulação de sujidade.

• VA76550
Medium à base de água, para a criação de riscos, desgates de pintura e pontos de ferrugem.
Aplica-se a pincel ou a aerógrafo.

Numerosos produtos estão disponíveis na loja
Comboios Eléctricos (http://www.comboioselectricos.com)
Outros provêm do meu fornecedor em produtos de “belas artes”: Ponto dos Artes (http://www.pontodasartes.com)
A aplicação de uma pátina não se destina apenas a conferir um ar de "uso" ou "envelhecimento" ao modelo. Podemos querer quebrar a uniformidade da sua brilhância, "iluminando" certos detalhes e "sombreando" outros, realçando assim as suas formas e os detalhes que, tal como se apresentam à luz natural, passam despercebidos.


Umas dicas de observação subjectiva:

• A percepção da intensidade da cor e do brilho aumentam com a redução do modelo. Eu prefiro sempre uma solução mais para o lado do mate na decoração, chegando mesmo à ausência total de reflexo;

• O preto puro raramente tem aplicação na pátina;

• O branco puro é muito útil no realce de arestas expostas ou zonas de desgaste. Aplicado com cerdas planas em esfregaço a seco ou, selectivamente, com pincel 00;

• O guache não é normalmente muito referido na aplicação da pátina, mas pode ser muito útil dada a sua reversibilidade total. Eu uso-o bastante para preencher de óleo certos interstícios, ou para "deslavar" certas zonas, por exemplo. Convém, no entanto, que a aplicação do guache evite as zonas de manipulação do modelo.

Uma gama de produtos com interesse:
http://www.modelmates.co.uk/
Efeitos de ferrugem e de tártaro de fácil aplicação e resultado convincente!

Finalmente, como refere o Michel, o uso de terras de decoração, uma vez experimentadas, é incontornável em quase todos os trabalhos.
Para dar um exemplo menos convencional, as árvores de Luzianes estão quase todas tratadas, no acabamento, com terras de decoração.
Adquirir uma gama de cores de terras de decoração pode parecer caro e pouco útil, mas nada disso. Adquiri as minhas no AKI há já uns bons anos, quando não havia ainda nas nossas lojas de modelismo e ainda tenho para dar e durar!

CP 1303 (Norbrass) #3
CP Kbs série 333 (SudExpress) #1
CP Kbs série 333 (SudExpress) #2
SENTINEL (Norbrass)
 
Technique très simple - pour faire la patine des wagons, locomotives …
et même des éléments architecturaux :

1-
Protéger (masquer) les parties sensibles : roues, vitrages, … appliquer sur la totalité du modèle, à l'aérographe, une couche de vernis mat Vallejo 26.518 (de préférence à tout autre vernis) laisser sécher 24 h.
Retirer les masques protecteurs.

2-
Les effets de patine sont appliqués au pinceau ou à l'Aérographe en jus légers avec des teintes transparentes acryliques "Wash Lavado Vallejo" atténuées (diminution de la densité de la couleur) avec le diluent (thinner VA71061) soit diluées (rend plus fluide) avec le diluante (thinner VAL71161). Ces deux thinners peuvent être mélangés pour avoir des effets très subtiles, mais ils nécessitent quelques essais préalables; soit plus simplement avec de l'eau en fonction de la densité de patine souhaitée, mais le résultat est moins résistant puisque la résine de la teinte est dégradées par l'eau.
Il est toujours préférable de procéder par touches légères en 2 ou 3 passes superposées (après séchage) plutôt qu'une seule couche épaisse !
Après séchage les détails fins, en creux ou en relief, sont renforcés au pinceau fin en utilisant les teintes les plus sombres.
Un "dry-brush" "frottis" de blanc très léger (pinceau très sec) renforcera les reliefs, une teinte sombre accentuera les ombrages.

3-
La patine est affinée en appliquant un "maquillage" léger à l'aide de Terres à décor ou pigments en poudre avec les teintes correspondantes à la poussière, la rouille ou la terre de son environnement.
Le noir, brun très foncé et le gris sombre sont réservés pour les salissures et les effets de suie.
Ces pigments pénètrent les micro pores du vernis patiné et sont donc très résistants.

On peut laisser tel quel ou protégé par un voile de fixateur de pigments (Vallejo VAL 26233 - Pigment Binder) ou de vernis acrylique mat.

FONDAMENTAL !
Plus que toutes les explications, les essais et les expérimentations de cette méthode et ses déclinaisons permettent d'atteindre les résultats souhaités.

Terres à Décor / Pigments :
Terre de sienne, Terre de sienne naturelle, Terre de sienne brûlée, Ocre rouge clair et foncé, Brun Oxydé, Terre d'ombre naturelle et brûlée, Gris clair et foncé, Noir de Carbone, etc… Elles peuvent être mélangées
Il est à noter que les Terres à décor sont des produits naturels et que les pigments de couleurs plus artificielles sont des produits obtenus par la chimie !

Toutes mes références sont celles que l'on trouve chez les bons détaillants de Modélisme Ferroviaire ou magasins Beaux-Arts
Des nouveaux produits apparaissent chaque jour, aussi on a intérêt à interroger son fournisseur !

Par exemple chez Vallejo :
VA73301 - Black Wash 200
Formule spéciale pour patine par trempage (dipping).
Encre utilisée sur les modèles pour créer un effet de vieillissement général, casser la monotonie chromatique, améliorer les détails, en créant des ombres et zones d'accumulation de saletés.

VA76550 - Médium à base d'eau, pour création de rayures, coulures de peinture, de points de rouille …
Applicable au pinceau ou à l'aérographe

Au Portugal,
de nombreux produits sont disponibles au magasin
Comboios Eléctricos (http://www.comboioselectricos.com)
les autres proviennent de mon fournisseur en produits "beaux-arts"
Ponto dos Artes (http://www.pontodasartes.com)
Un travail de patience et de minutie, toujours accompagné de l'observation détaillée du réel et, quand c'est possible, d'un bon support photographique.

En complément de la description que Michel vient de faire sur sa technique de vieillissement des modèles et remerciant le défit qu'il me fait de partager également mes expériences, j'ajoute que l'observation de la réalité est fondamentale pour un résultat bien réussi.

Réussir à discerner les subtilités chromatiques des causes (que ce soit une locomotive, un wagon, un bâtiment ou même un arbre), provoquées par l'incidence de la lumière et par les ombres de formes bizarres, comprendre les effets de leur exposition à l'usage ou aux intempéries, connaître les points précis où elles s'accumulent et quel type de salissure, par exemple.

Respecter les lois de la nature : appliquer des traces horizontales, ou entrecroisées dans la reproduction des effets d'écoulements ou de l'action des intempéries, invite l'observateur à défier la loi de la gravité !

La domination des techniques d'application du “weathering” et des matériaux à utiliser - peintures, terres, vernis, charges, pinceaux, aérographe, spatules, papier abrasif et limes, crayons de fibres de verre, etc., etc. - vont avec la persévérance et avec une critique constante sur les résultats obtenus dans chaque travail.

Avec la facilité actuelle que la photographie digitale et les moyens informatiques nous offrent, photographier le modèle au long des différentes phases d'application de la patine est une bonne technique pour vérifier si le résultat est convainquant. Il est plus facile à l'œil de voir les incohérences par le biais d'une photo.

L'application d'une patine n'est pas uniquement destinée à conférer un aspect “usé” ou “vieux” à un modèle. Nous pouvons vouloir casser l'uniformité de sa brillance, accentuer certains détails en assombrir d'autres, révélant ainsi les formes et les détails qui, tel que présentés en lumière naturelle passent inaperçus.

DES INFORMATIONS D'OBSERVATION SUBJECTIVE :

• La perception de l'intensité de la couleur et du brillant augmentent avec la réduction du modèle. Je préfère toujours une solution plus du coté mat dans la décoration; arrivant même à l'absence totale de reflet.

• Le noir pur est rarement utilisé en patine.

• Le blanc pur est très utile pour distinguer les chanfreins exposés ou les zones d'usure. Il s'applique avec des pinceaux plats de soies dures en frottis à sec, ou sélectivement avec un pinceau 00.

• La gouache, normalement, n'est pas très indiquée dans l'application de la patine mais peut être très utile étant donné sa réversibilité totale. Je l'utilise beaucoup pour remplir certains interstices “d'huile”, ou pour délaver certaines zones, par exemple. Il convient, néanmoins, que cette application de gouache ne soit pas faite sur les zones de manipulation du modèle.

Une gamme de produits intéressants :
http://www.modelmates.co.uk/
Effets de rouille et de tartre, d'application facile avec un résultat très convainquant !

Finalement, comme l'indique Michel, l'usage de la terre à décor, une fois expérimentée, est incontournable dans presque tous les travaux.
Pour donner un exemple moins conventionnel, les arbres de Luzianes sont presque tous traités, pour la finition, avec des terres à décor.
Acquérir une gamme de couleurs de terres à décor peut paraître couteux et peu utile, mais rien de tel.
J'ai acheté les miennes chez AKI il y a déjà quelques années quand il n'y en avait pas encore dans les magasins de modélisme et j'en ai encore pour faire et durer !

Photos & dessins, non libres de droits, issus de ma collection.  /  Desenhos & Fotografias não livres de direitos.
© 02/2023 MSA - Michel Subrenat-Auger.